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Taekwondo melhora rendimento dos alunos
09 jun
Esporte aumenta concentração e melhora rendimento dos alunos
 
Educação integral
 
Esporte aumenta concentração e melhora rendimento dos alunos

 

Terça-feira, 07 de junho de 2011 - 18:02
 
FONTE: Ministério da Educação
 
Taekwondo, judô, capoeira e caratê são as artes marciais escolhidas pelas escolas do programa Mais Educação. Para atender mais de 800 mil alunos em todo o país, professores, contramestres e mestres em artes marciais, indicados por suas federações, se distribuem entre 4 mil escolas.
 
De acordo com o coordenador de educação da Confederação Brasileira de Taekwondo, Rubilar Carvalho, a prática desse esporte ajuda o estudante a melhorar a concentração e o rendimento escolar, qualifica a convivência familiar e o círculo de amizades, atua na prevenção do uso de drogas e de agressões. 
Na prática, explica, a criança aprende que as técnicas são de defesa, nunca de agressão.
 
Presente nas escolas do Mais Educação desde junho de 2009, o taekwondo já é praticado por 80,2 mil estudantes em 373 escolas públicas. Segundo Rubilar, apesar de pouco tempo, o taekwondo já tem estudantes campeões em escolas de vários estados, como Goiás, Rio Grande do Sul, 
Rio de Janeiro e Mato Grosso. O crescimento dessa arte nas escolas públicas também se deve ao papel da confederação, que estimula o trabalho voluntário de seus filiados. Podem ser monitores os praticantes com mais de 18 anos de idade e faixa preta.
 
O taekwondo, que significa uso dos pés e das mãos, surgiu na Coréia como arte marcial e hoje é esporte olímpico. Está presente em 197 países. No Brasil, a prática é oficial desde 1970, com estrutura de federações nos 26 estados e Distrito Federal.
 
Judô – A Escola Municipal Etelvina Pereira Braga, entre os bairros Ouro Verde e Coroado, em Manaus, escolheu o judô como uma das atividades da escola integral. Com idade entre dez e 15 anos, 70 crianças e adolescentes fazem judô com orientação do monitor Janderson do Carmo Santos. No grupo, 30% são meninas 
e 70% são meninos. Alongamento, aquecimento, técnicas e a história da modalidade fazem parte das aulas.
Segundo Janderson, os estudantes preferem a prática, mas os princípios são importantes para a formação. “A arte é para defesa pessoal, nunca para outros fins. ” Na avaliação do professor, a prática do judô nesta escola teve um forte impacto entre os alunos. Ele explica: no começo das aulas estavam matriculados no judô
 100 estudantes, mas alguns desistiram. Hoje, cerca de 20 deles já pediram para voltar. Janderson pratica judô há 13 anos e é faixa preta.
 
Capoeira – Com 65 estudantes no programa de educação integral, a Escola Carneiro Ribeiro Classe II, no bairro Pero Vaz, em Salvador, escolheu a capoeira para as aulas complementares. De acordo com o professor Sandro Alex Dias Oliveira, 38 anos, a aula de capoeira tem duração de uma hora e 30 minutos e é muito esperada 
pelas turmas. Na avaliação de Sandro, a socialização das crianças e as atitudes de respeito com colegas, professores e pais são evidentes no grupo da capoeira. “Acontece uma transformação que é vista por nós e relatada pelos pais.” Na capoeira, o estudante aprende a história dessa arte e dança, a ginga, o samba de roda, 
a música e a tocar os instrumentos, mas o comportamento dentro e fora da escola é o principal ganho, segundo o professor. A escola Carneiro Ribeiro já tem os instrumentos para ensinar capoeira, mas os alunos ainda não receberam os uniformes. Sandro ensina capoeira há 18 anos e há dois anos é filiado ao Grupo Arco 3 Capoeira, criado pelos contramestres Quiabo, Jócaraseca e Gilbumba.
 
Em Vitória da Conquista (BA), a Escola Estadual São João Batista escolheu a capoeira em 2010 e continua com aulas este ano. O professor Adriano Rodrigues Brito tem  75 alunos divididos em cinco turmas. 
Adriano está satisfeito com o interesse dos estudantes pelas aulas e também com a melhora observada no comportamento. “Alunos que eram agressivos, hoje cumprimentam professores e colegas e quando nos encontramos na rua, observo a alegria de me reconhecerem como seu professor.” Sandro tem 31 anos, pratica capoeira há 17 anos e é professor há 11.
 
Taekwondo – No Distrito Federal, o Centro de Ensino Fundamental 113, da cidade de Recanto das Emas, adotou o taekwondo nas atividades da educação integral.  Deisyane Marques de Jesus ensina 40 alunos com idade de seis a 14 anos. Mesmo tendo aula no auditório da escola, que tem pouca ventilação e faz muito calor, 
ela se surpreende com a assiduidade deles. “Estão presentes em todas as aulas”, diz.
Os estudantes fazem aulas práticas, mas também estudam a teoria e a história do taekwondo. “Eu explico que eles são atletas, que devem ter disciplina e dou o exemplo. ” Deisyane tem 18 anos, é faixa preta e leciona há dois anos.
 
Números – Entre as 15 mil escolas que participam do programa Mais Educação, 4.017 escolheram um tipo de arte marcial para oferecer a seus alunos.  Os praticantes somam 828,7 mil. O judô é praticado por 280,9 mil alunos em 1.355 escolas; o karatê, por 128,5 mil alunos em 597 escolas; o taekwondo, por 80,2 mil estudantes em 373 escolas; e a capoeira tem 338,9 mil alunos em 1.692 escolas. (Ionice Lorenzoni)