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Taekwondo do Brasil garante vagas para os Jogos de Tóquio 2020
O mineiro Ícaro Miguel está entre os classificados
16 mar

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O Time Brasil conquistou mais duas vagas nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Após Edival Marques, o Netinho, assegurar sua classificação na última quarta-feira, 11, agora foi a vez de Milena Titoneli (até 67kg) e Icaro Miguel (até 80kg). Eles venceram as duas lutas que fizeram nesta quinta, 12, no Pré-olímpico de Heredia (Costa Rica), e carimbaram o passaporte para o Japão. O país ainda teve outra chance de classificação, com Talisca Reis (até 49kg), mas ela acabou derrotada na luta decisiva. Com isso, o Time Brasil chega a 174 atletas classificados para Tóquio 2020.

Para conquistar a classificação, Icaro fez valer seu favoritismo e não deu chances para Miguel Ferrera de Honduras, na semifinal. O brasileiro impôs seu forte ritmo desde os primeiros minutos e, aplicando chutes na cabeça do adversário, Icaro logo abriu vantagem e encerrou o combate com 33 a 10.

"Vim para a competição com a vontade de fazer história e acho que em Tóquio vem muito mais. Já esperava um bom resultado, não só meu, mas de toda a equipe. Durante o combate decisivo, só pensava em fazer o que sei, que é chutar. Achei que a decisão seria um pouco mais dura, mas a luta desenvolveu depois que achei um golpe, consegui ampliar o placar e conquistar a vitória", disse o atleta de 24 anos, que, antes da luta da classificação, encarou Isiah Pollard (Trinidad e Tobago) e passou sem dificuldades: 22 a 3.

"Tenho uma vantagem que é conseguir ser mais forte que os adversários e acho que essa foi a minha maior qualidade, nos dois confrontos. Meu objetivo era conquistar essa vaga e agora é seguir fazendo história", completou.

Única brasileira no taekwondo

Milena Titoneli será a representante feminina do taekwondo brasileiro em Tóquio 2020. Ela derrotou Acosta Herrera (Cuba), por 7 a 5. Com rápida movimentação e pontos de soco, Milena saiu na frente e conseguiu ampliar vantagem usando a mesma estratégia.

"Senti um pouco de nervosismo no começo do dia, mas as coisas foram se encaixando e esse foi mais um passo na busca do meu sonho, que é ser campeã olímpica. A sensação de vencer foi muito parecida com a medalha no Mundial e nos Jogos Pan-americanos", comemorou Milena, de 21 anos.


Milena fez seu caminho ser mais tranquilo antes de chegar na semifinal. Na estreia contra Eliana Vasquez (Peru), fechou o combate por 20 a 0 e, ainda no terceiro round, por diferença de pontos.

"Na primeira luta, consegui colocar pressão e encaixar os golpes. Já na segunda, contra a cubana, segui toda a estratégia que fizemos, anulando a perna da frente dela e entrando com o soco. Estudamos muito a adversária e os movimentos saíram como planejado. A primeira coisa que queria era abraçar o Clayton (treinador do Brasil) e foi incrível olhar para cima e ver toda a torcida fazendo a diferença."

Talisca Reis perde a vaga no final

Em seu primeiro desafio, Talisca enfrentou Monica Pimental (Aruba) e só confirmou sua vitória no último segundo. Em um confronto equilibrado, em que a brasileira esteve à frente do placar durante toda luta, Talisca teve que buscar reação, após perder a liderança, faltando 20 segundos. Com golpes aplicados restando apenas 0,40 segundos, a brasileira fechou o combate por 7 a 4.

Na semifinal, a brasileira encarou Victoria Stambaugh (Porto Rico), mas não superou a adversária, com placar final ficou 5 a 4. Talisca saiu na frente e liderou a luta em sua maior parte, mas, novamente no último round, viu a adversária assumir a dianteira. O combate esteve em aberto até os últimos segundos, mas a porto-riquenha levou a vaga.

"O balanço é positivo. Dos quatro atletas que trouxemos, três conseguiram suas vagas. Garantimos o maior número de atletas classificados, junto com a República Dominicana. Claro que ficamos tristes por não termos alcançado a vaga no 49 quilos feminino. A Talisca lutou bem, mas, infelizmente, acabou perdendo o combate. A equipe se comportou bem no evento, que é difícil, nervoso e exige mentalmente. A ideia agora é verificar, diante de toda a situação mundial, qual é a melhor estratégia para que os atletas se mantenham treinando e o trabalho continue evoluindo, fazendo com que a equipe chegue bem nos Jogos Olímpicos", analisou a coordenadora técnica e chefe de equipe, Natália Falavigna.

Por determinação do governo local o qualificatório das Américas foi realizado com portões fechados, tendo entrada permitida somente aos membros das delegações com credencial. A equipe brasileira permanece na Costa Rica para participar do torneio aberto, que acontece até o dia 15, na categoria adulta. O evento contará com atletas de fora do continente, como a equipe da Espanha.

ParaTaekwondo do Brasil também fez bonito

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Costa Rica – Nathan Torquato e Silvana Fernandes vão se juntar a Debora Menezes e representarão o partaekwondo do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Nathan e Silvana asseguraram as vagas ao vencerem suas categorias no qualificatórios das Américas, realizado nesta terça-feira, dia 10 de março, em Heredia, na Costa Rica. O evento que foi realizado com portões fechados, por decisão do Governo local como medida para a não ploriferação do corona vírus, definiu as últimas vagas do continente para a Paralimpíada.

Nossos atletas serão os primeiros representantes do Brasil na paramodalidade que fará sua estreia no programa paraolímpico nesta edição japonesa. Debora Menezes conquistou sua vaga no final de 2019, ao terminar a temporada com a segunda colocação no ranking mundial.

Nascido em Praia Grande, São Paulo, Nathan Torquato começou sua trajetória no Taekwondo aos três anos de idade e mesmo com uma dismelia no braço esquerdo, lutou por anos no Taekwondo convencional e colecionou títulos, até entrar no partaekwondo em 2017.

Em sua estreia no qualificatório, Nathan enfrentou o colombiano Jorge Moreno e em um confronto truncado e mais equilibrado, confirmou a vitória nos últimos minutos.

Já na semifinal o brasileiro recuperou a confiança e venceu o confronto pelo vantajoso placar de 80 a 20, após os seis minutos de combates divididos em três rounds de dois minutos.

"Eu pratico Taekwondo desde meus três anos de idade e me preparei muito para chegar até aqui e não deixo o favoritismo me atrapalhar. Quando criança minha mãe passava em frente uma academia e eu sempre pedia para entrar e uma vez ela me levou, desde então nunca mais saí. Não me lembro da minha vida sem o Taekwondo. Antes de o parataekwondo ser profissional, eu lutava no convencional e conquistei títulos importantes, na categoria de base" comentou.

Em poucos minutos o brasileiro vou a competição, desta vez para encarar o cubano Yandry Dreke, na deicsão da categoria até 61 quilos. Mais uma vez Nathan conseguiu impor seu ritmo forte e abriu vantagem, conseguindo administrar o placar no último round e tornando-se o primeiro homem do Brasil a representar o parataekwondo e paralimpíadas.

_ Estou muito feliz em conquistar a vaga mas este é somente o primeiro passo para alcançar um objetivo maior. Ainda tem muito por vir e esta vitória é mais uma página desse grande livro – analisou Nathan, atleta de 19 anos.

Já a paraibana Silvana Fernandes teve que colocar em prova toda sua concentração e preparação emocional para vencer a espera da hora da estreia.

Com apenas 20 anos e o atual título dos Jogos ParaPan-Americanos, Silvana teve que aguardar até a etapa da tarde para enfrentar a jamaicana Shauna Kay, na decisão da categoria até 58 quilos.

Se no primeiro round as atletas se estudaram um pouco mais, a partir do segundo a brasileira conseguiu impor forte ritmo e abriu vantagem. Nos momentos finais a brasileira soube se defender e com pontos de contra-ataque conseguir aumentar a diferença no placar.

- Estou muito feliz! Eu dedico esse troféu a todo Brasil e em especial ao pessoal da Paraíba, minha terra. É muito gratificante ver que o trabalho diário e feito nos bastidores deu resultado e agradeço a todos que tiveram comigo e me apoiaram a chegar até aqui. O povo brasileiro tem muita raça e isto ajuda a gente a chegar confiante – comentou Silvana.

Atleta de paratletismo, da prova de lançamento de dardos, Silvana conheceu o parataekwondo somente em 2017 e desde então vem evoluindo técnica e taticamente. Praticante das duas modalidades até meados de 2019, a paraibana escolheu a luta e agora será representante da nação nos Jogos de Tóquio.

- Não me arrependo nenhum pouco de escolher o parataekwondo. No começo não foi fácil "bater" em alguém, mas essa vontade de sempre querer mais me fez gostar muito dos combates. Agora eu quero continuar me dedicando aos treinos e evoluir ainda mais – analisou.

O primeiro brasileiro a entrar na competição foi o Bruno Motta, atleta de 25 anos. Bruno não conseguiu superar o argentino Eduardo Samorano e ficou fora da sequência de lutas da categoria até 75 quilos.

Nascido no interior da Bahia, Bruno é mais uma exemplo que nem todas as conquistas podem ser medidas somente por vitórias.

Sua jornada teve início no paratletismo pois foi a modalidade em que o atleta encontrou espaço para iniciar sua vida de desportista, a qual teve interesse após assistir as transmissões dos Jogos do Rio 2016 e hoje é o atual bicampeão brasileira da categoria.

"Quem diria que um menino do interior da Bahia iria chegar onde eu já cheguei" comentou Bruno, tímido, mas ciente que seus grandes feitos recentes.

Fora dos Jogos Paralímpicos, Bruno segue nos planos da delegação brasileira que, com a parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, seguirá com planejamentos a curto, médio e longo prazo.

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Todos os atletas brasileiros contaram com a supervisão e auxílio integral de todos os membros da comissão técnica e equipe multidisciplinar, durante todo o evento.

Logo nos primeiros momentos os técnicos Alan Nascimento e Rodrigo Ferla puderam acompanhar as análises de desempenho dos lutadores brasileiros e seus possíveis adversários, com o auxílio da analista Paula Avakian.

A fisioterapeuta Elisa Pilarski que sempre acompanha as equipes de parataekwondo, esteve presente durante toda a preparação e teve papel fundamental nas horas decisivas, acompanhando e auxiliando de perto os atletas.

A equipe volta ao Brasil nesta quarta-feira e espera a confirmação das datas dos próximos eventos da Federação Internacional.

Fonte: CBTKD - http://www.cbtkd.org.br/noticia/859/nathan-e-silvana-fazem-historia-e-conquistam-vaga-paralimpica

SITE DO COB: https://www.cob.org.br/pt/galerias/noticias/icaro-miguel-e-milena-titoneli-garantem-duas-vagas-olimpicas-e-taekwondo-brasileiro-vai-com-tres-atletas-para-toquio-2020/